Tarifaço: imposto de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros ameaça setor agroindustrial no centro-oeste de SP

  • 21/07/2025
(Foto: Reprodução)
Exportações brasileiras enfrentam nova barreira nos EUA A decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% ao Brasil, a partir de 1º de agosto, acendeu um alerta no setor agroindustrial da região centro-oeste paulista. Produtores rurais e proprietários de indústrias da região de Bauru(SP) relatam preocupação em relação às exportações de produtos como laranja, macadâmia, além de peças para aeronaves. 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp O Brasil é o maior produtor de laranjas do mundo, e mais de 40% das exportações da fruta têm como destino o mercado americano. Só na última safra, foram colhidas ao menos 12 milhões de toneladas. Com a nova tarifa, o temor é de que esses números sejam drasticamente impactados. Em entrevista à TV TEM, a consultora de comércio internacional, Carolina Miranda, explicou que todos estão apreensivos, pois a ação afeta tanto os exportadores quanto os importadores. "É ruim para ambos os lados. Ruim para eles porque vão pagar mais caro, vão pagar um valor mais alto em todos os produtos que eles importam do Brasil, como café, suco de laranja, aeronaves. E aqui para a gente também pode encarecer, pois, se essas empresas não exportam, pode, sim, encarecer o nosso produto aqui.", explica. O Brasil é o maior produtor de laranjas do mundo, e mais de 40% das exportações da fruta têm como destino o mercado americano Aceituno Jr/TV TEM O produtor rural Frauzo Ruiz Sanches relata que os reflexos da medida já são percebidos no campo. "De imediato, nós tivemos por parte das indústrias uma paralisação nos contratos. Isso é muito ruim, porque a fruta está começando a ficar pronta agora, principalmente as variedades precoces: ramille e valência americana estão prontas para serem colhidas. E as indústrias, quem tinha contrato está entregando, quem não tinha contrato paralisou", conta Frauzo. O produtor ainda ressalta que, embora uma parte da produção possa ser redirecionada para outros mercados, a reacomodação traz prejuízos: "Esses 15% não é tão difícil de realocar para outro país. Mas estamos dentro de um mercado. Então, 40% do que é exportado pelo Brasil vai para os Estados Unidos, e ter que realocar como setor para outros países vai deprimir os preços e afetar todo mundo", explica. O produtor rural Frauzo Ruiz Sanches relata que os reflexos da medida já são percebidos Aceituno Jr/TV TEM Macadâmia Além da produção de laranja, outro setor fortemente afetado é o de macadâmia. Em Dois Córregos, uma fábrica produz anualmente 2 mil toneladas da noz, sendo que 60% da produção é destinada ao mercado externo. O diretor da fábrica, Pedro Toledo Piza, já começou a se planejar para lidar com os possíveis impactos: “O que nós temos feito é trabalhar com os mercados nos quais nós já temos uma taxação interessante, muito mais baixa. Temos clientes no mundo inteiro, seja Europa, Ásia, principalmente China”. O diretor da fábrica, Pedro Toledo Piza, já começou a se planejar para lidar com os possíveis impactos Aceituno Jr/TV TEM A consultora Carolina destaca que o cenário internacional também contribui para a instabilidade, com a oscilação da moeda. “O dólar fica volátil com qualquer notícia que aconteça no nosso governo. Então, tanto para nós quanto para eles, essa diferença da taxa do dólar aumenta para todo mundo que tem a base de moeda de troca, o dólar.”, analisa. Embora ainda exista a possibilidade de negociação entre os governos ou até mesmo o adiamento da medida, a expectativa no campo é de incerteza. A esperança é de que, até a entrada em vigor da tarifa, existam avanços diplomáticos que amenizem o impacto da decisão americana. Enquanto isso, produtores e empresários da região seguem atentos ao mercado e se preparam para eventuais mudanças na rota das exportações. Em Dois Córregos, uma fábrica produz anualmente 2 mil toneladas da noz, Aceituno Jr/TV TEM Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2025/07/21/tarifaco-imposto-de-50percent-dos-eua-sobre-produtos-brasileiros-ameaca-setor-agroindustrial-no-centro-oeste-de-sp.ghtml


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