O que se sabe até o momento sobre os ataques a ônibus em SP

  • 10/07/2025
(Foto: Reprodução)
Mais de 570 veículos foram alvos desde maio; polícia investiga ação orquestrada. Três empresas concentram metade dos casos, e maioria dos ataques na capital ocorreu na Zona Sul. Baixo número de BOs chama atenção da polícia em investigação de ataques a ônibus Um levantamento da SPTrans e da Artesp aponta que ao menos 579 ônibus foram alvo de vandalismo na capital, na Grande São Paulo e na Baixada Santista desde o fim de maio. Segundo investigação da Polícia Civil, a maioria dos ataques na cidade de São Paulo foi registrada nas zonas Sul e Oeste e três empresas concentram metade dos casos. A investigação policial considera a hipótese de uma ação orquestrada. Veja abaixo os principais pontos conhecidos até o momento: Em quais regiões da capital os ataques mais aconteceram Em quais cidades houve ataques Empresas mais atingidas Dias com mais ocorrências Ruas com mais casos Número de boletins de ocorrência Prisões Linhas de investigação Em quais regiões da capital os ataques mais aconteceram Cerca de 80% dos casos ocorreram nas zonas Sul e Oeste da cidade: Zona Sul concentra 44% dos registros (85 ataques); Zona Oeste aparece em segundo lugar, com 65 ataques; Zonas Leste teve 19 ataques; Zona Note, 6 ataques; Centro, 16 ataques. Ataques a ônibus na cidade de SP por zona Arte g1 Em quais cidades houve ataques De acordo com a Artesp, que contabiliza ônibus intermunicipais do estado, foram registrados, nos meses de junho e julho até a segunda (7), 241 casos de vandalismo. Conforme a agência, as cidades com ônibus vandalizados são: Barueri, Carapicuíba, Cotia, Cubatão, Diadema, Embu das Artes, Guarujá, Itanhaém, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mauá, Osasco, Praia Grande, Ribeirão Pires, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Paulo, São Vicente, Suzano e Taboão da Serra. Empresas mais atingidas Ataques a ônibus da capital paulista entre maio e julho Reprodução/TV Globo Informações da Polícia Civil apontam que três concessionárias que operam linhas de ônibus na capital concentram mais da metade dos ataques registrados desde maio: Mobibrasil: 40 ataques Transpass: 28 ataques Viação Grajaú: 26 ataques Outras cinco empresas também registraram ocorrências, mas em menor número: Viação Gatusa, Via Sudeste, Viação Campo Belo, Sambaíba e Vidazul. Dias com mais ocorrências A maior parte dos ataques acontece entre quinta-feira e sábado, de acordo com o mapeamento realizado pela polícia. Ruas com mais casos As vias com mais registros de vandalismo são: Avenida Cupecê (20); Rodovia Raposo Tavares (13); Avenida Senador Teotônio Vilela (12); Avenidas Corifeu de Azevedo Marques, Sapopemba e Vereador João de Luca (8 cada uma); Avenidas Brigadeiro Faria Lima e Interlagos (7 cada uma). Número de boletins de ocorrência Apesar do alto número de ataques registrados pelas empresas, menos de 1 em cada 3 resultou em boletim de ocorrência até o momento: 579 ataques foram informados pela SPTrans e pela Artesp, mas apenas 191 boletins de ocorrência haviam sido registrados até o dia 5 de julho. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de São Paulo, o registro do BO não é obrigatório, apenas a notificação à SPTrans para retirada dos veículos de circulação. Prisões Até agora, três homens foram presos e um adolescente, apreendido por suspeita de participação nos ataques. Entre os detidos está Éverton de Paiva Balbino, apontado pela polícia como responsável por atirar uma pedra que quebrou o vidro de um ônibus e feriu gravemente uma passageira na Avenida Washington Luís, na Zona Sul. Ele é filho de um motorista de ônibus, informou a Polícia Civil. Éverton teve a prisão temporária de 30 dias decretada e foi indiciado por tentativa de homicídio e danos ao patrimônio. Sua defesa não foi localizada pela TV Globo. A polícia reforça, no entanto, que não há nenhuma ligação do pai dele com os ataques. Imagens de uma câmera de segurança mostram quando um carro vermelho para perto de uma saída da Avenida Washington Luís. Uma pessoa desce do veículo e, da calçada, arremessa uma pedra contra um ônibus que vinha pela avenida. O carro também foi apreendido pela polícia com o suspeito preso. Linhas de investigação A Polícia Civil apura se os ataques fazem parte de uma ação orquestrada, com modus operandi, regiões e justificativas semelhantes entre os suspeitos detidos. As três linhas principais de investigação são: Ação coordenada por facção criminosa (PCC); Influência de desafios nas redes sociais; Sabotagem por empresas que perderam contratos com a prefeitura. As investigações ainda estão em andamento e nenhuma hipótese foi descartada até o momento.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/07/10/o-que-se-sabe-ate-o-momento-sobre-os-ataques-a-onibus-em-sp.ghtml


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